Falavam antigamente que pacientes afetadas pelo câncer de mama e que tinham sido submetidas a tratamento cirúrgico não poderiam mais usar o membro superior homolateral para fazer as unhas, medir pressão, tomar injeção, fazer esforço de qualquer tipo, usar desodorante principalmente antiperspirante, depilar a axila e outros. Será verdade?
Naquela época as cirurgias eram extremamente radicais, ou seja, para pacientes com tumores iniciais ou avançados o tratamento era o mesmo, mastectomia ultra-radical com retirada da mama e dos gânglios da axila, o que poderia levar a uma inadequada drenagem da linfa do braço.
Com o advento da cirurgia conservadora, através de trabalhos muito bem elaborados, tanto na abordagem da mama quanto dos linfonodos constatou-se uma queda sensível do risco de se ter linfedema (inchaço do braço).
Usando o bom senso podemos fazer a seguinte analogia: para as pacientes portadoras de doença em estádios avançados é aconselhável preservar o membro superior utilizando-o somente em situações excepcionais (por exemplo, necessitar de uma veia para cirurgia); em contrapartida as que fizeram cirurgia conservadora e linfonodo sentinela, portanto preservaram a axila e a drenagem linfática, estão liberadas para qualquer atividade ou situação no membro superior do lado afetado.
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