Mamografias anuais iniciadas aos 40 anos de idade reduz o risco de cirurgias mutiladoras

Estudo publicado recentemente, no Reino Unido, avaliando mastectomias de pacientes que nunca haviam feito exames periódicos comparado àquelas que iniciaram rastreamento mamográfico aos 40 anos, tiveram maior porcentagem de cirurgias radicais. Se compararmos tambem o volume dos tumores observamos que eles apresentavam o dobro do tamanho em relação as pacientes rastreadas. Como sabidamente esta doença é mais agressiva quando incide em mulheres mais jovens concluimos que quanto mais cedo iniciarmos o rastreamento, maior chance de cura e sobrevida terão estas portadoras de cânceres mamários.

Câncer de mama em homem

Pode ser que alguem nunca tenha ouvido falar nesta doença num homem mas ela existe. Por sorte a frequencia é relativamente baixa, ao redor de 1%, mas quando isso acontece, todas as mulheres da familia devam ser investigadas porque a principal suspeita é de que estamos diante de uma doença causada por transmissão genética. Mais comum é acharmos uma familia com várias mulheres que tiveram câncer de mama e de repente aparece um homem acometido pela doença. Mas, quando numa familia aparecer um homem com câncer mamário, é obrigatório a pesquisa do BRCA 2 para podermos predizer o risco dessas mulheres.

Direitos da mulher portadora de câncer mamário

Nunca é demais esclarecer ao público que mulheres que tiveram câncer tem direitos diferenciados como :
- saque do PIS-PASEP
- Isenção de declaração de IRPF
- adquirir carro novo com isenção de IPI
- usar condução para locomoção tanto onibus quanto metrô sem custo
tudo isso entre outros benefícios que podem ser consultados no site:
www.inca.gov.br
Este site e interessante que fala tudo sobre a doença e de fácil acesso

A importância do voluntariado: Viva Melhor

Hoje, domingo, foi o dia da caminhada de conscientização em prol do cäncer de mama no centro de Santo Andre. Não poderia deixar de falar dessas mulheres abnegadas que nos auxiliam em muito, principalmente orientando e dando apoio a nossas pacientes que acabaram de ter contato com a doença. Ja comentei aqui mas nunca e demais falar da importäncia do atendimento multidisciplinar onde a paciente se sente mais aconchegada. Ninguem consegue nada sozinho....

Vida sexual das mulheres pós-tratamento do câncer de mama

Foi publicado no mês passado um estudo de uma população de enfermeiras que tiveram câncer de mama há pelo menos 2 anos pós-cirurgia com objetivo de investigar qualidade de vida sexual, imagem corporal e relacionamento conjugal. Após responderem elaborado questionário concluiram que a imagem corporal foi a maior preocupação, seguido do relacionamento conjugal e por último da qualidade da vida sexual. Após isso foram submetidas a terapia de grupo por 6 meses e chegaram a conclusões muito interessantes como a dificuldade em se falar neste assunto "sexo", constatação da piora da imagem corporal perante ela mesmo e ao marido e isto se refletiu diretamente na piora da qualidade sexual do casal. As conclusões mais surpreendentes foram que as terapias deveriam ser feitas separadamente entre as mulheres mas com a presença do marido.
Este estudo veio corroborar nossa idéia de que esta doença deva ser tratada por equipe multidisciplinar e a importância do apoio da família principalmente do marido

FATORES DE RISCO DO CÂNCER DE MAMA - OBESIDADE

A OBESIDADE COMO FATOR DE RISCO, JÁ É CONHECIDA HÁ ANOS. O MECANISMO É A CONVERSÃO DO HORMÔNIO FEMININO NA GORDURA PERIFERICA PRICIPALMENTE DA REGIÃO ABDOMINAL. ESTA SEMANA FOI DESCOBERTA UMA PROTEINA QUE É A CAUSADORA DESTA OBESIDADE. HOJE SE SABE QUE A INSÔNIA, DIABETES E A SINDROME METABÓLICA LEVAM A OBESIDADE REGULADA. TALVEZ NUM FUTURO PRÓXIMO POSSAMOS DESENVOLVER UMA DROGA QUE FAÇA BAIXAR ESTA PROTEINA E ASSIM PODEREMOS COMBATER DE FRENTE A OBESIDADE

MUDANÇA NO TRATAMENTO DAS PACIENTES COM MAIS DE 70 ANOS ACOMETIDAS PELO CÂNCER DE MAMA

Recentemente foi publicado estudo mudando o tratamento adjuvante (pós-cirurgia) das pacientes acometidas pela doença com mais de 70 anos de idade e com tumores até 2 cm de tamanho e axila negativa. Estes estudos observacionais mostraram que não ha diferença entre fazer ou não radioterapia nessas pacientes que foram submetidas à cirurgia conservadora. Outros estudos estão em andamento com mulheres abaixo dessa idade e tenho a certeza que futuramente seremos cada vez menos invasivos, mais conservadores e os tratamentos adjuvantes mais específicos para cada subtipo de tumor graças à biologia molecular.